segunda-feira, 26 de julho de 2010

A Aventura Sociológica: objetividade, paixão, improviso e método na pesquisa social - Edson de Oliveira Nunes.



A Aventura Sociológica: objetividade, paixão, improviso e método na pesquisa social - Edson de Oliveira Nunes.
O presente livro destaca os chamados problemas do pesquisador:
* pesquisador deve ter uma distância mínima de seu objeto, a isto quer dizer: objetividade, no sentido de neutralidade e imparcialidade. A saber, o pesquisador deve ter olhos imparciais, evitando envolvimentos que possam obscurecer ou deformar os julgamentos e conclusões. Será possível?

* Seriam os métodos quantitativos mais neutros?

* Existe a noção de que um "envolvimento" é "inevitável". O que dizer sobre isso?

* Lembrar que nada é natural, tudo é uma produção. A natureza humana não é natural ela é cultural.

Sobre a Antropologia:

A antropologia tradicionalmente se identifica com métodos qualitativos [por trabalhar com qualidades muito particulares, dos seres humanos, que não podem ser quantificadas, como os significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes] e para este fim usa a observação participante [para este tópico indico a leitura de William FOOTE-WHYTE. Treinando a observação participante] e a entrevista aberta. Tais técnicas de trabalho dependem do contato direto e pessoal.

Para conhecer, é necessário estabelecer contato, durante um período razoavelmente longo, pois alguns aspectos culturais não são explicitados, não estão na superfície, exigindo um esforço maior e mais detalhado de observação e empatia.

O que remete ao problema de por-se no lugar do outro, o que para Velho exige um mergulho na profundidade, por conta da distância social e da distância psicológica, que pode transformar o exótico em familiar e o familiar em exótico – aquele algo em comum que podemos ter com pessoas de outra cultura e podemos não ter com pessoas de nossa própria cultura por conta da complexidade social, por exemplo de um grande centro urbano, como é o caso da cidade do Rio de Janeiro.

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