Teoria Crítica - Max Horkheimer.
Filho de um industrial judeu, Max Horkheimer nasceu em 14 de fevereiro de 1895, em Stuttgart, na Alemanha. Abandonou os estudos em 1911 para aprender um ofício e ajudar na fábrica de seu pai. Participou da 1ª Guerra Mundial e, quando ela terminou, concluiu os estudos e decidiu se especializar em Filosofia e Psicologia, nas cidades de Munique, Friburgo e Frankfurt, onde conheceu o também filósofo Theodor Adorno. "Em meu ensaio "Teoria Tradicional e Teoria Crítica” apontei a diferença entre dois métodos gnosiológicos. Um foi fundamentado no Discours de la Méthode [Discurso sobre o Método], cujo jubileu de publicação se comemorou neste ano, e o outro, na crítica da economia política. A teoria em sentido tradicional, cartesiano, como a que se encontra em vigor em todas as ciências especializadas, organiza a experiência à base da formulação de questões que surgem em conexão com a reprodução da vida dentro da sociedade atual. Os sistemas das disciplinas contém os conhecimentos de tal forma que, sob circunstâncias dadas, são aplicáveis ao maior número possível de ocasiões. A gênese social dos problemas, as situações reais nas quais a ciência é empregada e os fins perseguidos em sua aplicação, são por ela mesma consideradas exteriores.
– A teoria crítica da sociedade, ao contrário, tem como objeto os homens como produtores de todas as suas formas históricas de vida. As situações efetivas, nas quais a ciência se baseia, não são para ela uma coisa dada, cujo único problema estaria na mera constatação e previsão segundo as leis da probabilidade. O que é dado não depende apenas da natureza, mas também do poder do homem sobre ele. Os objetos e a espécie de percepção, a formulação de questões e o sentido da resposta dão provas da atividade humana e do grau de seu poder." (Max Horkheimer, Filosofia e Teoria Crítica, 1968).
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