Dia desses estava lendo um artigo no qual mostrava quais eram os livros mais vendidos em todas categorias no Brasil, e lá só estavam os mesmos livros que eu tinha lido quando era adolescente para as provas.
Veja como minha frase foi finalizada: “… para as provas”. Pois bem, nisso veio instantaneamente na minha mente: “estes livros não podem ser os mais desejados para ser comprados“.
E aí eu realmente entendi o porque daquele ranking e de ver os mesmos livros de 10 anos atrás continuando a serem tão vendidos: As escolas OBRIGAM seus alunos a lerem os mesmos livros.
Por tabela, os mesmos livros de quando eu ainda estudava continuam a vender tão bem. E eu vou falar por mim, todos os livros que li da minha época de estudos são muito chatos.
Historinhas fracas que não levam o leitor a lugar nenhum, a não ser perda de tempo e dinheiro (dos pais). Graças a essa mentalidade, muitos adolescentes, e eu diria 99% deles, perdem o interesse por ler.
Quem aqui não conhece algum amigo ou amiga que odeia ler. Um dos principais motivos, e eu depois de estudar bastante sobre o assunto, julgo ser a obrigatoriedade intencional das escolas em forçar os alunos a lerem livros só para poderem fazer uma prova que só serve para se criar um nota.
Tudo isso baseado por um sistema onde perguntas secas e sem nenhum intuito de utilizar o cérebro da criança são feitas, e quem tira nota dez é quem sabe responder usando a decoreba.
Falo com este tom porque fui estudante. Eu, você, e muito provavelmente toda criança debaixo das leis do país precisam estudar. Não que a escola seja uma bosta, não é isto.
Professoras e todo o corpo de educação na sua maioria fazem isto pela paixão e prazer em ensinar. Isto é algo que vem de dentro, tão forte que se você perguntar a um professor que é apaixonado pelo a arte do ensino, palavras serão poucas para caber o tanto de paixão.
Ou se não, ouvirá uma frase de tamanho impacto que ela traduzirá quase tudo que o ensino significa. A minha, digamos, preocupação, é de um dia ter que ver um filho meu sendo educado por este mesmo sistema que no final das contas faz as crianças e adolescentes terem pavor de aprender, e de ler um bom livro, pelo simples fato do prazer da leitura e do aprendizado, e não da imposição.
Quem gosta de algo imposto? Quem gosta de ser mandado? Justamente no auge humano da duvida, crítica e indagação por tudo, que é a adolescência dos 14 aos 21, o sistema escolar impõe livros extremamente chatos e sem nexo nenhum com a vida atual dos adolescentes.
Não é que os adolescentes tenham mudado. O ser humano é o mesmo a 5000 anos. Porém é preciso trazer todas as questões e ensinamentos necessários para o bom senso e bem estar da comunidade para exemplos mais próximos da realidade das nossas crianças.
A questão aí é que parece que ninguém liga de que em 10 anos as crianças serão os adultos na nação, e por reflexo o que estas crianças criam e criticam se tornará a alma do país.
Pode até ser sem querer, algo que nem os professores nem diretores imaginam que existe. Ou pode ser que este sistema de educação está caduco.
Pense por alguns segundos, o que você aprendeu durante os 11 anos obrigatórios escolares?
Eu faço esta pergunta para meus amigos e amigas e familiares, e ninguém sabe responder. E se a pergunta é estendida para quais livros foram lidos durante este período, aí que nada além de branco lhes vem a cabeça.
Será mesmo que é preciso continuar a empurrar livros que não ressoam nenhum pouco com a vida dos alunos, ou é hora de repensar o porque de colocarem as crianças para ler livros tão fracos.
O que nos leva a seguinte reflexão: Os livros impostos para as crianças e jovens de hoje em dia fazem alguma diferença para a reflexão e crítica das novas mentes de nosso país, ou o Brasil parou no tempo e esta no repeteco com as mesmas historias de sempre justamente porque isso já foi feito e já se sabe o que vai acontecer no final?
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