terça-feira, 27 de julho de 2010

Por uma Vida Não-Fascista - Michel Foucault.


Por uma Vida Não-Fascista - Michel Foucault.


O anti-Édipo mostra, inicialmente, a extensão do terreno percorrido. Porém faz muito mais. Ele não se distrai difamando os velhos ídolos, ainda que se divirta muito com Freud. E, sobretudo, ele nos incita a ir mais longe. Seria um erro ler O anti-Édipo como a nova referência teórica (sabem, essa famosa teoria que nos foi anunciada com tanta freqüência: aquela que vai englobar tudo, que é absolutamente totalizante e tranqüilizante e da qual, conforme nos garantem, “temos tanta necessidade” nessa época de dispersão e de especialização, em que a “esperança” desapareceu). Não se deve buscar uma “filosofia” nessa extraordinária profusão de noções novas e de conceitos-surpresa. O anti-Édipo não é uma contrafação de Hegel. A melhor maneira de ler O anti-Édipo é, creio eu, abordá-lo como uma “arte”, no sentido em que se fala de “arte erótica”, por exemplo. Apoiando-se nas noções aparentemente abstratas de multiplicidade, de fluxos, de dispositivos e de ramificações, a análise da relação do desejo com a realidade e com a “máquina” capitalista traz respostas a questões concretas. Questões que se ocupam menos com o porquê das coisas do que com seu como. Como se introduz o desejo no pensamento, no discurso, na ação? Como o desejo pode e deve desdobrar suas forças na esfera do político e se intensificar no processo de reversão da ordem estabelecidas?

A Sociologia do Corpo - David Le Breton.


A Sociologia do Corpo - David Le Breton.


Esta é uma obra destinada à compreensão do corpo humano e sua relação com a sociedade. Este instrumento de representação faz parte de uma vertente de estudo sociológico que não é tanto divulgado. O livro é destinado ao público em geral, pois sugere alguma atitudes e modiicações de comportamento do indivíduo comum.

Michel Foucault e os Domínios da Linguagem - discurso, poder, subjetividade - Vanice Sargentini e Pedro Navarro (Org.s).


Michel Foucault e os Domínios da Linguagem - discurso, poder, subjetividade - Vanice Sargentini e Pedro Navarro (Org.s).

Este livro apresenta as reflexões de Michel Foucault nos domínios da linguagem e revela sua preocupação com as relações entre o discurso, o poder e a produção de subjetividades. Ao ressaltar a centralidade da linguagem nas propostas foucaultianas, a temática deste livro interessa a todos aqueles que desejam conhecer a fecundidade do pensamento de Foucault para a compreensão das problemáticas contemporâneas.

Manual de Análise do Discurso em Ciências Sociais - Lupicinio Iniguez.


Manual de Análise do Discurso em Ciências Sociais - Lupicinio Iniguez.


O livro discute sobre o alcance e os limites da incorporação da linguagem, seu papel, seus fundamentos teóricos e suas dimensões epistemológicas, metodológicas e políticas nas Ciências Sociais.


A Sociedade De Corte - Norbert Elias.


A Sociedade De Corte - Norbert Elias.
Na corte francesa de Luís XIV, o Rei-Sol, todos eram tragados por uma poderosa rede de interdependências. As elites encontravam-se sob forte pressão para competir por prestígio social e o rei sustentava seu poder através da sutil manipulação dessas rivalidades. Numa notável síntese de erudição histórica e teoria sociológica, Norbert Elias mostra que a sociedade de corte não é apenas uma curiosidade histórica, mas também uma rica fonte de dados para se compreender as sociedades atuais.

Da Diáspora - Identidades E Mediaçoes Culturais - Stuart Hall.


Da Diáspora - Identidades E Mediaçoes Culturais - Stuart Hall.


Formado na Jamaica e em Oxford para fazer parte da elite colonial, Stuart Hall mora na Grã Bretanha desde 1951 e considera que ser migrante é 'a condição arquetípica da modernidade tardia'. Escreve a partir da diáspora pós-colonial, de um engajamento com o marxismo e com teóricos culturais contemporâneos e de uma visão de cultura impregnada pelos meios de comunicação. Sua obra é delicada em sua empatia com interlocutores teóricos e atores na cena cultural e incisiva em sua afirmação da importância social de pensar, para 'deslocar as disposições do poder' e democratizá-las. O pensamento de Hall passa por convicções democráticas e pela aguçada observação da cena cultural contemporânea.

A maioria de seus textos teóricos é ligada a uma conjuntura específica, incluindo aí um momento da discussão teórica sobre cultura.

Paris: Maio de 68 - Grupo Solidarity.


Paris: Maio de 68 - Grupo Solidarity.


O mês de maio de 1968 na França é um marco político e cultural para o ocidente - mas também uma passagem histórica nublada, confusa, cheia de suposições e pretensos e falsos líderes (Debord, Marcuse ou Cohn-Dendit). Paris: Maio de 68 é o relato mais vívido, sincero e direto que existe sobre esse momento decisivo da história francesa. Produzido pelo grupo inglês Solidarity, a brochura foi publicada na Grã-Bretanha já em junho de 1968. Apesar de não assinada, era um retrato fiel dos acontecimentos que abalaram Paris - cada paralelepípedo, cada muro grafitado, cada panfleto e grito de guerra estão presentes.

Se importando pouco com as manifestações da velha política, Paris: Maio de 68 é um livro preocupado essencialmente com a urgência da vida que desabrochava pelas ruas de Paris. Em Nanterre, na Sorbonne, na fábrica da Renault, nas ruas de toda a capital francesa o mundo veio abaixo numa única grande festa - afinal, como lembram os slogans dos muros, "Operários de todo o mundo, divirtam-se", afinal, "o tédio é contra-revolucionário".

Sua autoria é atribuída a Maurice Brinton - alter ego do neurologista inglês Christopher Agamemnon Pallis (também conhecido por ser o autor do verbete "morte" na Enciclopédia Britânica, entre outras peripécias). Pallis enxergava desde 67 no movimento estudantil francês uma alternativa radical ao stalinismo do Partido Comunista local, e pôde conferir com os próprios olhos as revoltas estudantis e a greve geral que transformaram o cotidiano francês em maio de 1968. Também pôde ver o esforço contra-revolucionário do Partido Comunista, que tentava desesperadamente tomar controle das manifestações espontâneas surgidas nas universidades e nas fábricas.


Para Ler Michel Foulcault - Crisoston Terto Vilas Boas.


Para Ler Michel Foulcault - Crisoston Terto Vilas Boas.
Neste livro procuro apresentar alguns argumentos desenvolvidos por Michel Foucault. Nele, procuro mostrar que a leitura das obras desta personalidade intelectual tão estimulante continua a ser imprescindível para o entendimento da vida social contemporânea. Entretanto, devo dizer que, aqui, não serão encontrados nem uma história do pensamento nem uma biografia de Foucault.
Este trabalho tem sua origem em 1988, ano a partir do qual ofereci com certa intermitência um seminário no qual procurei discutir as idéias de Foucault com os alunos do curso de História da UFOP, universidade onde leciono Antropologia Social. Naquele ano, ofereci como textos para acompanhamento, rascunhos dos capítulos que constituem o presente livro. A partir de então, aqueles rascunhos adquiriram vida própria, à medida que foram sendo fotocopiados e apresentados a outros leitores e em outros lugares, em alguns casos sem a devida identificação, certamente por «usuários» que levaram longe demais a idéia de Foucault de que o autor é uma invenção recente e em via de desaparecimento.

Projeto de Governança Global - Intervozes.


Projeto de Governança Global - Intervozes.
Este é o relatório de pesquisa produzido como resultado do Projeto de Governança Global da Campanha CRIS ( Communication Rights in the Information Society ). Esse estudo pretende revelar a situação atual no Brasil dos diversos elementos que formam, em conjunto, o direito à comunicação. São abordados temas como liberdade de expressão, pluralidade dos meios, propriedade intelectual, respeito à diversidade cultural, privacidade nas comunicações, acesso às Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) e participação da sociedade civil nas decisões sobre essas questões.
O objetivo de sua realização é, antes de tudo, materializar uma referência tão importante quanto ampla: o direito à comunicação. Entender suas nuances, possibilidades, variações e interferências. Além disso, esse estudo experimenta um Quadro de Referência Genérico, concebido em conjunto por pesquisadores de diversos países (Brasil, Colômbia, Quênia, Filipinas, Itália, Canadá, Irlanda, Estados Unidos, Reino Unido, entre outros) a fim de que possa ser usado em estudos comparados, tanto entre países, como ao longo do tempo.

Sistemas públicos de comunicação no mundo: a experiência de doze países e o caso brasileiro - Intervozes.


Sistemas públicos de comunicação no mundo: a experiência de doze países e o caso brasileiro - Intervozes.
O livro apresenta pesquisa que revela aspectos como perfil, modelo de gestão, financiamento e programação dos sistemas públicos de comunicação de 12 países da América do Sul, América do Norte, Europa, Ásia e Oceania.A pesquisa aponta méritos, problemas e desafios enfrentados pelas mídias públicas no mundo e reforça a importância de consolidar um sistema público de comunicação que precisa ser robusto, autônomo, participativo e eficiente em prol de uma democracia mais plural. Alemanha, Austrália, Canadá, Colômbia, Espanha, Estados Unidos, França, Itália, Japão, Portugal, Reino Unido e Venezuela são os países cujos sistemas públicos foram analisados sob os seguintes aspectos:
(1) a estrutura do sistema, ou seja, o número, o alcance e o perfil básico de suas emissoras de rádio e TV, assim como de suas outras possíveis atividades ligadas às novas tecnologias ou à produção cultural;
(2) o modelo de gestão e os instrumentos de participação da sociedade na administração e fiscalização do sistema;
(3) o modelo de financiamento, com a origem, o volume e a dinâmica de gestão dos recursos;
(4) o perfil da programação da(s) emissora(s) do sistema e a utilização, ou não, de produção independente e regional em suas programações;
(5) por fim, mas não menos importante, foram pontuadas as questões
atualmente em discussão nos 12 países pesquisados, buscando revelar as tensões, conflitos e tendências que emergem dos debates políticos realizados em cada uma das nações.

Tecnologia e gestão pública municipal : mensuração da interação com a sociedade - Ricardo César Gonçalves Sant’ana.



Tecnologia e gestão pública municipal: mensuração da interação com a sociedade - Ricardo César Gonçalves Sant’ana.


O livro discute e estimula reflexões de como as relações de consumo podem comprometer a qualidade de vida, a justiça social e a sobrevivência do planeta.


Aborda os impactos socioambientais das ações do homem nas esferas da produção, circulação e consumo, alertando para a necessidade de se adotar um uso mais sustentável do meio ambiente. Nos vários textos constantes da obra, as cidades são vistas como materialidade das mudanças socioambientais, onde todas as relações sociais de produção devem ser enfocadas em sua totalidade. Entre os temas tratados, merecem destaque: a industrialização, o incentivo ao consumo e ao descarte descontrolado de materiais e as disparidades entre o superconsumo e o subconsumo, a dialética global/local, as alterações climáticas, o planejamento e as políticas públicas. Estas diferentes questões são analisadas sob perspectivas diversas, o que demonstra a amplitude da problemática da produção, circulação e consumo e seus impactos na atualidade.


Cultura gaúcha e separatismo no Rio Grande do Sul - Caroline Kraus Luvizotto.


Cultura gaúcha e separatismo no Rio Grande do Sul - Caroline Kraus Luvizotto.


Este livro analisa o Movimento Separatista Sulino, muito marcante na década de 90. A reflexão tem como pano de fundo a cultura gaúcha e busca compreender como os aspectos étnicos e o separatismo interagem nesse contexto. Fundamenta o trabalho uma ampla pesquisa de campo composta por questionários e entrevistas, realizada em diversas cidades do Rio Grande do Sul. Para interpretar o ideário separatista a autora também dedica especial atenção aos documentos do próprio movimento. A obra reconstrói alguns aspectos da história do Rio Grande do Sul e da formação de um ideal separatista que constitui uma faceta do processo de globalização e do afloramento e fortalecimento de identidades específicas.


segunda-feira, 26 de julho de 2010

A Sociedade Contra o Estado - Pierre Clastres.


A Sociedade Contra o Estado - Pierre Clastres.
A Sociedade contra o Estado é uma obra fundamental cujo autor é Pierre Clastres, fundador da antropologia política e um dos maiores antropólogos de todos os tempos. A sociedade contra o Estado, coletânea de onze artigos publicados por Pierre Clastres entre 1962 e 1974, é um dos mais importantes trabalhos de antropologia política já divulgados. Lançada em 1974, traz o sabor de sua época refletindo uma reviravolta nas ciências humanas, propiciada na década anterior por autores franceses como Claude Lévi-Strauss, Michel Foucault e Gilles Deleuze. Como estes, Clastres agarra-se ao projecto de uma forte crítica da Razão ocidental - no seu caso, uma crítica da Razão política, então aferrada em noções de dominação e subordinação. No entanto, Clastres morreu prematuramente (aos 43 anos), não podendo continuar, como queria e poderia ter feito, o seu projeto original de constituição de uma antropologia política geral. A tese que atravessa os textos da coletânea, fortemente alinhavados a despeito dos anos que os separam, é retumbante: a sociedade civil pode prescindir da figura do Estado, e isso pode ser verificado - empiricamente - na experiência de boa parte dos povos indígenas da América do Sul. Com efeito, o argumento lançado aguçou o interesse de antropólogos, filósofos e cientistas políticos. Se, por um lado, Clastres escrevia para especialistas em povos não-ocidentais, tocando num problema bastante delicado para eles - até que ponto essas sociedades podem ser ditas igualitárias? -, por outro, ele (re)abria uma séria discussão, própria da filosofia política, sobre a natureza do poder político.

O Que É O Virtual - Pierre Lévy.


O Que É O Virtual - Pierre Lévy.
A virtualização enquanto um momento de mutação do processo de hominização e auto-criação da espécie humana, é o ponto de partida para o livro “O que é o virtual?”, do filósofo francês Pierre Lévy. O autor aborda o fenômeno da virtualização à luz da relação entre a comunicação virtual e as características da sociedade contemporânea. A reflexão centra-se numa tripla abordagem (definida por Lévy como o triplo interesse do livro): filosófica (o conceito de virtual e o movimento da virtualização), antropológica (o processo de hominização que nasce com a virtualização) e sociopolítica (a mutação contemporânea que nos torna actores de uma realidade acelerada). A proposta de Lévy centra-se na comunicação virtual enquanto elemento de um processo que abrange toda a vida social, sublinhando aspectos como a diferenciação entre o virtual e o real, a dimensão econômica da comunicação, a desterritorialização e a problemática da temporalidade associada ao movimento de virtualização.

Ação Cultural Para A Liberdade - Paulo Freire.


Ação Cultural Para A Liberdade - Paulo Freire.

O livro é uma coletânea de textos em que Paulo Freire reflete sobre a alfabetização, criticando a proposta simplificadora que se limita ao repetir mecânico de idéias alheias e à memorização de palavras e letras, condenando, também, o projeto educacional que a executa. Na concepção do autor, o processo de alfabetização deve permitir ao alfabetizando a compreensão do ato de ler, de estudar, ensinando-o a pensar a partir da realidade social que o cerca, estimulando, assim, a prática de um diálogo conscientizador e gerador de uma reflexão crítica e libertadora.

Download do livro Aqui:

Educação e Mudança - Paulo Freire.



Educação e Mudança - Paulo Freire.


Não é possível fazer uma reflexão sobre o que é a educação sem refletir sobre o próprio homem. O cão e a árvore também são inacabados, mas o homem se sabe inacabado por isso se educa. A educação é uma resposta da finitude da infinitude. A educação é possível para o homem, porque este é inacabado e sabe-se inacabado. Isto o leva a sua perfeição. O homem deve ser sujeito de sua própria educação, ninguém educa ninguém, o homem como ser inacabado, está em constante busca com outros seres. A sabedoria parte da ignorância. Não há ignorantes absolutos. Se num grupo de camponeses conversamos sobre colheitas, devemos ficar atentos para a possibilidade de eles saberem muito mais do que nós. Devemos analisar diferentes grupos, pois não podemos julgar as pessoas como ignorantes, cada uma tem algo a nos ensinar, o que falta a essas pessoas é um saber sistematizado. Com base no inacabamento, nasce o problema da esperança e da desesperança. Eu espero na medida em que começo a busca, pois não seria possível buscar sem esperança. Uma educação sem esperança não é educação. Aqui nos diz sobre a importância da esperança na educação, pois através dela haverá mudanças. Sobre o homem, Paulo Freire afirma que este homem está no mundo e em relação como mundo. Se apenas estivesse no mundo não haveria transcendência nem se objetivaria a si mesmo. O animal não é um ser de relações, mas de contatos. Está no mundo e não com o mundo. Aqui encontramos uma diferença entre o homem e o animal, pois o homem está no mundo e com o mundo tendo relações, enquanto o animal apenas está no mundo e tem contatos. Estes contatos são sensoriais na medida em que o animal não é capaz de refletir sobre as sensações oriundas dos seus sentidos.


As Prisões da Miséria - Loic Wacquant.


As Prisões da Miséria - Loic Wacquant.
Por toda a Europa campeia a tentação, inspirada no modelo americano, de buscar apoio nas instituições policial e penitenciária a fim de conter as desordens geradas pelo desemprego em massa, a imposição do trabalho assalariado precário e a retração da proteção social. E, por toda a América Latina, os políticos acorrem para importar as técnicas agressivas de segurança ''made in USA'', entre elas a da ''tolerância zero'', como solução mágica para o problema crucial da violência criminal. Mas esta opção, que vai na direção contrária da consolidação de uma sociedade democrática, significaria (r) estabelecer uma verdadeira ditadura sobre os pobres. Ao conectar questão criminal e questão social, este livro vigoroso e rigoroso, publicado em 13 línguas, revoluciona os termos do debate sobre violência, justiça, política e prisões no Brasil.

Download do livro Aqui:

Civilização e Pecado - Os Oito Erros Capitais do Homem Moderno - Konrad Lorenz.


Civilização e Pecado - Os Oito Erros Capitais do Homem Moderno - Konrad Lorenz.
A humanidade contemporânea está em perigo. Ela corre numerosos riscos que o naturalista e o biólogo são os primeiros a perceber, quando ainda escapam ao olhar da maioria dos homens. É portanto dever do sábio tocar a campainha de alarma, ao invés de limitar-se, como é seu costume, à investigação dos fenômenos recém-descobertos.
Nosso sermão, divulgado pelo rádio, obteve uma repercussão inesperada. Recebi numerosas cartas de ouvintes solicitando um texto impresso. E afinal, excelentes amigos meus insistiram categoricamente para que publicasse esse tratado, tornando possível a um número maior de leitores.
Tudo isso contribui para atenuar ou desmentir o espírito pessimista que exala desta obra. O autor pensava estar pregando no deserto, quando na verdade, era ouvido e seguido por um grande auditório compreensivo. Devo acrescentar que, relendo esse texto, algumas passagens já me pareciam totalmente erradas! Assim, por exemplo, quando declaro que a ecologia é uma ciência cuja importância não é suficientemente reconhecida.
Não poderíamos dizer o mesmo hoje, pois nosso grupo bávaro de ecologistas tem audiência em numerosos meios políticos responsáveis. Não só é ouvido e respeitando, como empreendimentos semelhantes, visando ao mesmo fim, se formam aos poucos em todo lugar e ampla audiência.

Vozes da Democracia - histórias da comunicação na redemocratização do Brasil - Intervozes.


Vozes da Democracia - histórias da comunicação na redemocratização do Brasil -Intervozes.


Não existe democracia sem comunicação democrática. Foi com base nessa reflexão que nasceu o livro “Vozes da Democracia”, que mostra o papel da comunicação no processo de resistência à ditadura militar e de redemocratização do Brasil. A publicação resgata experiências pouco conhecidas no país. Fala do fortalecimento da comunicação comunitária, da volta da liberdade nas redações, da multiplicação de veículos de informação populares, alternativos e independentes. Também conta a história de iniciativas, movimentos e atores relacionados à construção de políticas democráticas de comunicação.

São 23 textos, pesquisados e escritos por 32 repórteres, de Porto Alegre ao Vale do Juruá, no Acre, que incluem depoimentos, entrevistas e relatos de ações de resistência coletados em todas as regiões do país – a grande maioria até hoje restritos ao espaço local de sua incidência histórica. Entre eles estão a história do “Coojornal”, de Porto Alegre; do jornal “Posição”, do Espírito Santo; da rádio “Papa Goiaba”, do Rio de Janeiro; do jornal “Fifó”, de Vitória da Conquista; do “Jornal da Cidade”, de Aracaju; da “Coojornat”, de Natal; do “Porantim”, de Brasília; do “Jornal Pessoal”, de Belém.

“O resultado é uma publicação que, acreditamos, consegue lançar um olhar sobre o Brasil como um todo, com suas diferenças e contradições, especialmente quando o país busca, mais uma vez, compreender o significado deste período para o momento político que vivemos hoje”, avalia o jornalista Antonio Biondi, um dos editores do livro. “Dessas histórias, podemos apreender que não existe democracia se cada pessoa não puder exercer seu direito de se comunicar”, completa, destacando que a publicação deve servir não somente como material de reflexão, mas também de estímulo a novas iniciativas.


O Livro Negro do Comunismo - Stéphane Courtois et al.



O Livro Negro do Comunismo - Stéphane Courtois et al.

Outubro de 1917: o golpe de estado bolchevique significou bem mais do que a queda do czarismo e a subida ao poder de um grupo de políticos idealistas. A revolução liderada por Lenin tornou-se o ícone que representaria o começo de uma nova era para a humanidade, anunciando uma sociedade mais justa e um homem mais consciente de sua relação com seu semelhante. Novembro de 1989: a queda do Muro de Berlim e a conseqüente abertura dos arquivos dos países comunistas apareceram para o mundo como a derrocada final do sonho comunista.

O LIVRO NEGRO DO COMUNISMO traz a público o saldo estarrecedor de mais de sete décadas de história de regimes comunistas: massacres em larga escala, deportações de populações inteiras para regiões sem a mínima condição de sobrevivência, expurgos assassinos liquidando o menor esboço de oposição, fome e miséria provocadas que dizimaram indistintamente milhões de pessoas, enfim, a aniquilação de homens, mulheres, crianças, soldados, camponeses, religiosos, presos políticos e todos aqueles que, pelas mais diversas razões, se encontraram no caminho de implantação do que, paradoxalmente, nascera como promessa de redenção e esperança. Os autores, historiadores que permanecem ou estiveram ligados à esquerda, não hesitam em usar a palavra genocídio, pois foram cerca de 100 milhões de mortos! Esse número assustador ultrapassa amplamente, por exemplo, o número de vítimas do nazismo e até mesmo o das duas guerras mundiais somadas. Genocídio, holocausto, portanto, confirmado pelos vários relatos de sobreviventes e, principalmente, pelas revelações dos arquivos hoje acessíveis. O terror - o Terror Vermelho - foi o principal instrumento utilizado por comunistas tanto para a tomada do poder quanto para a sua manutenção, e também por grupos de oposição que jamais chegaram ao governo. Os fatos demonstram: o terrorismo de oposição e o terrorismo de Estado, com freqüência praticados contra o seu próprio povo, são as grandes características do comunismo no século XX.

A Busca da Excitação - Norbert Elias e Eric Dunning.



A Busca da Excitação - Norbert Elias e Eric Dunning.


Por que razão a sociedade industrial gasta grande parte do seu tempo de lazer em esportes que tendem para a violência? Como relacionar a violência dentro e fora das atividades esportivas com as necessidades e as orientações sociais e psicológicas? Eis duas das questões da maior atualidade a que este livro, escrito por dois sociólogos consagrados, procura dar resposta.Comentário do moderador: A leitura deste livro é essencial para entender as relações que se formam (ou se deformam) com a ênfase dada, em especial, a disputa entre grupos, ainda mais no chamado "país do futebol". Norbert Elias e Eric Dunning nos levam a pensar e a assimilar melhor em tudo aquilo que resulta tal epíteto.


A Condição Humana – Norbert Elias.



A Condição Humana – Norbert Elias.


Uma reflexão profunda sobre o problema do controle da violência nas relações internacionais, que ganha uma nova atualidade. Este ensaio de Norbert Elias retoma o fio condutor da sua vasta obra sobre o processo da civilização enquanto domínio crescente das pulsões, situando o problema do auto-controle no âmbito complexo do relacionamento entre os povos.


Olhares Sobre o Estado do Tocantins: Economia, Sociedade e Meio Ambiente - Yolanda Vieira De Abreu (Org.).



Olhares Sobre o Estado do Tocantins: Economia, Sociedade e Meio Ambiente - Yolanda Vieira De Abreu (Org.).


O estado de Tocantins é o delfim na Republica, por isso é necessário que sejam elaborados estudos visando a construir sua fortuna crítica. A condição de professora da Universidade Federal do Estado, desta organizadora, associada a estudantes da mesma permite que sejam dados os primeiros passos nesse sentido. Decorrente disso será feita a compilação de cinco estudos desenvolvidos nessa linha. Considere-se que tais estudos que aqui serão apresentados ainda carecem de mais detalhes, de avaliação crítica de dados e de distanciamento dos acontecimentos. Esta compilação apresenta cinco partes. A primeira trata de apresentar um panorama sobre o Estado do Tocantins, citando alguns dados sociais, ambientais e econômicos, para que o leitor tenha uma visão sobre o Estado, objeto de estudo de todos os artigos aqui publicados. O segundo aborda o planejamento da capital do Estado, de como, para quê e para quem a cidade de Palmas foi planejada, análise crítica realizada tendo como base a teoria marxista e o conceito de cidade sustentável. O terceiro trata da comparação entre a produção de soja nos estados do Tocantins e Mato Grosso, levando em consideração preço, produtividade e outros fatores. O quarto expõe a questão do emprego e desemprego na cidade de Palmas, através de um estudo sobre as qualidades, dificuldades e o desempenho do SINE-TO (Sistema Nacional de Empregos - TO) e o quinto e último capítulo trata sobre os costumes e a cultura da tribo Krahô.

A Autoridade e o Indivíduo - Bertrand Russell.



A Autoridade e o Indivíduo - Bertrand Russell.


COESÃO SOCIAL E NATUREZA HUMANA.


O problema fundamental que tenho em vista considerar nestas conferências é este: como podemos combinar o grau de iniciativa individual, necessária para o progresso, com o grau de coesão social que é necessário para a sobrevivência? Começarei com o estudo dos impulsos da natureza humana que possibilitam a cooperação social. Examinarei em primeiro lugar as formas que esses impulsos assumiram nas comunidades muito primitivas, e depois as adaptações que foram ensejadas pelas organizações sociais gradualmente cambiantes da civilização em desenvolvimento. Em seguida examinarei o grau e intensidade da coesão social em várias épocas e lugares, conducentes às comunidades dos dias atuais e às possibilidades de ulterior desenvolvimento em futuro não muito remoto. Após esta análise das forças que mantém a sociedade coesa, tratarei de outro aspecto da vida do Homem nas comunidades, isto é, a iniciativa individual, mostrando o papel que ela tem desempenhado nas várias fases da evolução humana, o papel que desempenha nos dias atuais, e as possibilidades futuras de muita ou pouca iniciativa por parte de indivíduos e grupos. Prosseguirei com um dos problemas básicos da atualidade, a saber, o conflito que a tecnologia moderna acarretou entre a organização social e a natureza humana a tecnologia moderna acarretou entre a organização social e a natureza humana, ou, em outras palavras, o divórcio do móvel econômico em relação aos impulsos de criação e posse. Uma vez enunciado este problema, examinarei quais as alternativas para a sua solução, e por fim, examinarei, do ponto de vista da ética, toda a relação do pensamento, esforço e inventiva pessoais para com a autoridade da comunidade.


A Revolução Cultural do Tempo Livre - Joffre Dumazedier.



A Revolução Cultural do Tempo Livre - Joffre Dumazedier.


Joffre Dumazedier (Taverny, 30 de dezembro de 1915- 25 de dezembro de 2002) foi um sociólogo francês pioneiro nos estudos do lazer e de formação. Em seu livro "A Revolução Cultural do Tempo Livre" Joffre Dumazedier aponta, a partir dos anos 60, o modo de vida que a sociedade adotou, por meio do tempo livre e do lazer como sinônimos de novos desafios em uma ética social.


Antropologia - Edmund Leach - Roberto Da Matta (Org.).


Antropologia - Edmund Leach - Roberto Da Matta (Org.).


Antropólogo social inglês, Sir Edmund Leach nasceu em 1910, em Sidmouth-Devon, Inglaterra. Escolheu a antropologia social aos 27 anos de idade. O livro traz os ensaios - 'O gênesis enquanto um mito', 'A legitimidade de Salomão', 'Nascimento virgem', 'Cabelo mágico' e 'Aspectos antropológicos da linguagem - categorias animais e insulto verbal'.


Introdução à Análise do Discurso - Helena Brandão.



Introdução à Análise do Discurso - Helena Brandão.

Neste livro, a autora discute a dicotomia existente entre língua e fala e usa o discurso como ponto de articulação dos processos ideológicos e dos fenômenos lingüísticos.

Download do livro Aqui:

Lazer e Trabalho: um Único ou Múltiplos Olhares? Ademir Muller e Lamartine Pereira Da Costa (Org.s).



Lazer e Trabalho: um Único ou Múltiplos Olhares? Ademir Muller e Lamartine Pereira Da Costa (Org.s).


Esta obra traz à reflexão lazer e trabalho, tema polêmico, muitas vezes tratado de forma dicotômica ou como um continuum.

Os autores procuraram, em suas variadas formas de enxergar as coisas do mundo, trazer suas visões sobre tão abrangente e complexo tema, pois vivemos num mundo em constantes modificações. As relações de trabalho na sociedade capitalista se alteram e continuam se alterando substancialmente e isso impõe modificações na forma de vivenciar o tempo livre e o trabalho, dimensões importantes de nossas vidas. Mas será que nos valorizamos e vivemos essas dimensões de forma equilibrada? Como as mudanças histórico-sociais interferem no seu tempo livre e nas suas experiências de lazer? Trabalho e lazer são atividades complementares, e não opostas. Assim problemas na dimensão do lazer provocam problemas também na dimensão do trabalho. Contudo, como conquistar esse verdadeiro tempo livre em lazer, rico em qualidade e em vivências, dentro dessa sociedade globalizada economicamente que traz como conseqüência direta acumulação de riquezas em mãos de poucos e, por decorrência, o aumento de miseráveis que se vêem privados de desejar e de usufruir seus benefícios vitais? Lazer para todos é uma utopia? Essas e outras perguntas intrigantes sobre lazer e trabalho têm nesta obra uma abordagem que merece ser apreciada.


A História Cultural - Entre Práticas e Representações - Roger Chartier.


A História Cultural - Entre Práticas e Representações - Roger Chartier.


A literatura de cordel, as leituras camponesas, a cultura política no Antigo Regime e a construção do Estado Moderno constituem alguns dos estudos representativos das áreas de interesse e dos métodos ensaiados por um dos autores mais empenhados na renovação da historiografia atual.


A Aventura Sociológica: objetividade, paixão, improviso e método na pesquisa social - Edson de Oliveira Nunes.



A Aventura Sociológica: objetividade, paixão, improviso e método na pesquisa social - Edson de Oliveira Nunes.
O presente livro destaca os chamados problemas do pesquisador:
* pesquisador deve ter uma distância mínima de seu objeto, a isto quer dizer: objetividade, no sentido de neutralidade e imparcialidade. A saber, o pesquisador deve ter olhos imparciais, evitando envolvimentos que possam obscurecer ou deformar os julgamentos e conclusões. Será possível?

* Seriam os métodos quantitativos mais neutros?

* Existe a noção de que um "envolvimento" é "inevitável". O que dizer sobre isso?

* Lembrar que nada é natural, tudo é uma produção. A natureza humana não é natural ela é cultural.

Sobre a Antropologia:

A antropologia tradicionalmente se identifica com métodos qualitativos [por trabalhar com qualidades muito particulares, dos seres humanos, que não podem ser quantificadas, como os significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes] e para este fim usa a observação participante [para este tópico indico a leitura de William FOOTE-WHYTE. Treinando a observação participante] e a entrevista aberta. Tais técnicas de trabalho dependem do contato direto e pessoal.

Para conhecer, é necessário estabelecer contato, durante um período razoavelmente longo, pois alguns aspectos culturais não são explicitados, não estão na superfície, exigindo um esforço maior e mais detalhado de observação e empatia.

O que remete ao problema de por-se no lugar do outro, o que para Velho exige um mergulho na profundidade, por conta da distância social e da distância psicológica, que pode transformar o exótico em familiar e o familiar em exótico – aquele algo em comum que podemos ter com pessoas de outra cultura e podemos não ter com pessoas de nossa própria cultura por conta da complexidade social, por exemplo de um grande centro urbano, como é o caso da cidade do Rio de Janeiro.

Discurso e Mudança Social - Norman Fairclough.



Discurso e Mudança Social - Norman Fairclough.

Norman Fairclough (1941) é professor emérito de lingüística na Universidade de Lancaster. Ele é um dos fundadores da análise crítica do discurso, um ramo da sociolingüística que estuda a influência das relações de poder sobre o conteúdo e a estrutura dos textos, sobretudo os midiáticos. Seu trabalho de pesquisa foca-se sobre o lugar da linguagem nas relações sociais e sobre a linguagem como parte integrante de processos de mudança social. Em sua obra Discurso e Mudança Social, Norman Fairclough expõe as bases de sua teoria do discurso, com as principais questões concernentes ao quadro epistemológico da análise do discurso de linha francesa, cujas principais referências são Michel Pêcheux e, no Brasil, Eni Orlandi.

Norbert Elias por Ele Mesmo - Norbert Elias.



Norbert Elias por Ele Mesmo - Norbert Elias.


Norbert Elias por Ele Mesmo traz o vigor, a sinceridade e, acima de tudo, a coerência de um dos maiores sociólogos do século XX. Em uma longa entrevista e em cinco notas biográficas, Elias trata desde sua infância em Breslau e dos estudos quando jovem, incluindo elementos determinantes de sua formação – sua judeidade, seus mestres Karl Mannheim e Alfred Weber –, até a descoberta tardia de sua obra, na década de 1970, e os anos de Amsterdã, já no fim de sua vida. Trata-se de uma obra fundamental para se compreender e manter vivo o pensamento inovador de Norbert Elias.

Análises do Discurso Hoje - Glaucia Muniz Proença Lara, Ida Lúcia Machado e Wander Emediato (Orgs.).



Análises do Discurso Hoje - Glaucia Muniz Proença Lara, Ida Lúcia Machado e Wander Emediato (Orgs.).


Em que medida os campos disciplinares não-convencionais - inclui-se aí a Análise do Discurso - promovem, de fato, os deslizamentos nas chamadas fronteiras do conhecimento para buscar os avanços pretendidos no domínio da ciência? É possível lidar com as múltiplas dimensões da complexidade de fenômenos e objetos - no caso em tela, os discursos - sem transgredir os princípios metodológicos estabelecidos de maneira intradisciplinar ou até mesmo sem comprometer sua sustentabilidade teórica? Que tendências se identificam como predominantes na AD hoje e quais são as perspectivas desse campo teórico para dar conta das produções discursivas que circulam e se proliferam no mundo contemporâneo? Esta obra pretende despertar esses e outros questionamentos.

Os autores visam a fornecer uma visão geral de algumas (outras) maneiras de se fazer análise do discurso nas universidades e centros de pesquisa do Brasil e do exterior.

A Ordem do Discurso - Michel Foucault.



A Ordem do Discurso - Michel Foucault.


– A ORDEM DO DISCURSO –


Aula Inaugural no Collége de France, pronunciada em 02 de dezembro de 1970, nos faz refletir sobre questões desafiadoras como a “verdade” e a relação “poder-saber”. Segundo Foucault (1983) “o poder não é necessariamente repressivo uma vez que incita, induz, seduz, torna mais fácil ou mais difícil, amplia ou limita, torna mais provável ou menos provável.” Além disso, o poder é exercido ou praticado em vez de possuído e, assim, circula, passando através de toda força a ele relacionada.


Analisando essas questões, suscitadas através da leitura do livro, surgem indagações como: Onde está o poder? O poder está em cada um de nós? O poder se apresenta “mascarado”? O “discurso” é um elemento do poder?


Análise de Discurso Crítica - Viviane de Melo Resende e Viviane Ramalho.



Análise de Discurso Crítica - Viviane de Melo Resende e Viviane Ramalho.


Com abordagem interdisciplinar, este livro, elaborado com cuidado e rigor, tem como objetivo discutir a teoria e o método em Análise de Discurso Crítica (ADC). Oferece caminhos alternativos para a análise de discurso de diversos tipos de texto, mostrando que muitas categorias de análise tradicionalmente estudadas são convocadas para a criação de sentidos e podem ser reorganizadas numa perspectiva textual/discursiva. De maneira bastante didática, as autoras estabelecem o diálogo entre a Lingüística e as Ciências Sociais e exemplificam o uso possível das categorias de análise da ADC, aplicando-as diretamente a excertos de textos.

A bola corre mais que os homens - Roberto Da Matta.



A Bola Corre Mais Que Os Homens - Roberto DaMatta.



Roberto DaMatta é um caso único no meio acadêmico brasileiro, pois conseguiu conciliar o respeito de seus pares com a estima do grande público. É o pensador mais citado em teses e ensaios no campo das ciências sociais, colunista do jornal O Globo e personalidade muito requisitada pelos meios de comunicação para fazer o que ele sabe fazer como ninguém: explicar o Brasil para os próprios brasileiros.

Dono de um estilo fluente e bem-humorado, ele tem a habilidade de ensinar como "quem não quer nada", como quem bate papo e divide com os amigos descobertas e assombros. A presente coletânea conjuga uma série de textos produzidos para a imprensa, em especial para os jornais O Estado de S. Paulo e Jornal da Tarde, por ocasião da cobertura das Copas de 94 e 98, com ensaios produzidos para publicações acadêmicas. Essa inesperada fusão do popular com o erudito é efetuada com maestria por Roberto Da Matta, produzindo um livro capaz de agradar tanto os fanáticos por futebol, quanto os interessados em antropologia e outras ciências sociais. É um livro que pode ser lido por divertimento, ou em busca de subsídios para pesquisas acadêmicas ou jornalísticas. É também o depoimento de um torcedor, igual a todo e qualquer brasileiro que, neste momento de Copa do Mundo, veste uma camisa amarela e saí por aí, reaprendendo a amar esse Brasil contraditório e difícil, porém sempre fascinante.


Os Fundamentos Teóricos da "Análise Automática do Discurso" de Michel Pêcheux (1969) - F. Gadet & T. Hak (orgs).



Os Fundamentos Teóricos da "Análise Automática do Discurso" de Michel Pêcheux (1969) - F. Gadet & T. Hak (orgs).

Na década de 60, Michel Pêcheux lançou a Análise Automática do Discurso (1969), criando uma nova maneira de se encarar a linguagem humana ao deslocar o ponto de partida da análise do produto pronto ou do processo interno de produção, segmentado ou não, para as condições de produção, ou seja, o objeto de estudo deixou de estar centrado na fala, na escrita ou no texto em si mesmos para recair nas condições, na situação, no momento de produção, invertendo a linha de raciocínio a respeito do processo de produção. A questão deixou de ser "o discurso existe independentemente do sujeito", como no Estruturalismo ou no Gerativismo, ou "determinado tipo de indivíduo produz determinado tipo de discurso", como na Sociolingüística, para ser "o porquê de determinado tipo de indivíduo produzir determinado tipo de discurso". A atenção passou do texto para o sujeito.

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Novas Tendências em Análise do Discurso - Dominique Maingueneau.



Novas Tendências em Análise do Discurso - Dominique Maingueneau.


Dominique Maingueneau é professor de Lingüística na Universidade de Paris XII, é membro do Centre d’Etude des Discours, Images, Textes, Ecrits et Communications – Ceditec. Autor de diversos livros que tratam da epistemologia da Análise do Discurso. Neste livro, o autor coloca o leitor em contato com os novos pontos de referência para a reflexão à cerca da Análise do Discurso de uma ótica interdiciplinar.


Envolvimento E Alienação. - Norbert Elias.



Envolvimento e Alienação - Norbert Elias.


Por que as sociedades humanas resistem mais do que a natureza não-humana a uma mais bem-sucedida exploração dos perigos e catástrofes por elas gerados? E por que quase todos parecem aceitar que isso deva ser assim? Essas são as indagações iniciais de Envolvimento e Alienação, obra cujos objetivos são versar sobre a natureza do conhecimento das sociedades humanas por intermédio da dinâmica dos dois conceitos que a intitulam, e a demonstração da necessidade de elaboração de uma teoria das ciências que realmente comporte uma integridade em meio à diversidade de disciplinas especializadas. A necessidade de um modelo não concentrado num único e estático ramo do conhecimento. Publicada pela primeira vez na década de oitenta na Alemanha chegou ao Brasil quinze anos mais tarde traduzidas pelas mãos de Álvaro Sá. A escolha pela utilização do conceito “alienação” em detrimento de “distanciamento” gera certamente alguma polêmica. Sá, contudo, explica que sua intenção é a de inserir Elias no intertexto filosófico e, de modo mais preciso, epistemológico. A crítica às barreiras mentais das distintas linguagens dos conhecimentos reconhece aqui uma defesa do caráter necessário das sínteses. Elias não trata dessas questões sob a forma de uma ausência de consciência da falta de consciência, mas tenciona examinar algumas razões no quadro evolutivo do próprio processo de edificação das ciências, com seus preceitos, modelos, procedimentos ou mesmo presságios que, como os demais elementos sociais, estão permanentemente tencionados de forma dinâmica. Nesse sentido, as comparações entre o conhecimento produzido acerca da natureza não-humana, seu avanço no processo de congruência teórica e prática com a realidade, seu percurso histórico no sentido de se estabelecer e o conhecimento produzido pelos próprios sujeitos cujo conhecimento têm a si mesmos como objetos, denotam a defesa incondicional da necessidade de alienação, ou melhor, um grau de envolvimento que permita encarar os processos dilemáticos sobre a natureza das sociedades.


Urbanismo y Desigualdad Social (A Justiça Social e a Cidade) - David Harvey.



Urbanismo y Desigualdad Social (A Justiça Social e a Cidade) - David Harvey.


En la década de 1970 la «geografía marxista» abrió una nueva etapa e hizo numerosas aportaciones en los campos de la «renta urbana», los procesos suburbanos, las repercusiones espaciales del imperialismo, la ecología de las regiones marginales, las teorías de la organización descentralizada del espacio, la relocalización industrial, la teoría de la economía-mundo y la nueva división internacional del trabajo, y las relaciones entre espacio y las diferencias de género, entre otros. Urbanismo y desigualdad social (1973) es en muchos sentidos un destacado exponente para el análisis marxista del espacio urbano y el estudio que su autor inició con esta obra cristalizaría en The Limits to Capital (1982), centrado, en parte, en cubrir las lagunas de la teoría marxista cuando trata de formular una teoría del proceso de urbanización bajo las condiciones del capitalismo. En esta obra de Harvey encontramos una de las exposiciones más desafiantes de la relación que existe entre justicia social, sociedad y espacio urbano. La justicia social es ante todo una aplicación concreta de principios justos con el fin de resolver las demandas encontradas y los conflictos. La necesidad de cooperación deriva de la naturaleza social de los seres humanos, y de aquélla, a su vez, surgen demandas que compiten para conseguir una distribución equitativa de los resultados alcanzados al cooperar. El objetivo de los ensayos que componen este trabajo es el de formular una teoría del urbanismo capaz de dar cuenta de la forma en que la ciudad y la planificación urbana reflejan la desigualdad social, contribuyen a reproducirla o incluso la refuerzan y profundizan.


Os Estabelecidos e os Outsiders - Norbert Elias e John L. Scotson.



Os Estabelecidos e os Outsiders - Norbert Elias e John L. Scotson.


O título do livro nos dá uma idéia precisa de seu conteúdo. Trata-se de ver como o grupo "estabelecido" na aldeia havia mais tempo se relacionava com o grupo dos que chegaram mais tarde e eram vistos pelos antigos moradores do lugar como "outsiders", isto é, como gente de fora e, por essa razão, sem direitos de plena cidadania na vida local. O objetivo primeiro da investigação de Elias era o de estudar o jogo de poder que as relações cotidianas entre os dois grupos escondia. Os dois segmentos viviam às turras, cada um sentindo-se e julgando-se diferente do outro. O segmento "estabelecido" contava já três gerações de ascendentes e se julgava senhor de direitos especiais. Tinha dificuldades em aceitar o segundo grupo que chegara à região em uma fase recente da industrialização. Mesmo após um bom número de anos esse grupo continuava sendo visto e tratado pelos primeiros - os "da terra" - como sendo estrangeiro e intruso. Como resultado desse tipo de atitudes preconceituosas existiam no lugarejo desigualdades marcantes que de modo algum podiam ser atribuídas aos indicadores que a sociologia costuma usar para explicar as desigualdades e as disputas entre grupos e indivíduos. Os dois pesquisadores sentiram logo que essas não eram explicáveis a partir dos indicadores usualmente vistos como elucidativos das relações em comunidades comunidades daquele nível sócio-econômico e cultural.

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Teoria Crítica - Max Horkheimer.



Teoria Crítica - Max Horkheimer.


Filho de um industrial judeu, Max Horkheimer nasceu em 14 de fevereiro de 1895, em Stuttgart, na Alemanha. Abandonou os estudos em 1911 para aprender um ofício e ajudar na fábrica de seu pai. Participou da 1ª Guerra Mundial e, quando ela terminou, concluiu os estudos e decidiu se especializar em Filosofia e Psicologia, nas cidades de Munique, Friburgo e Frankfurt, onde conheceu o também filósofo Theodor Adorno. "Em meu ensaio "Teoria Tradicional e Teoria Crítica” apontei a diferença entre dois métodos gnosiológicos. Um foi fundamentado no Discours de la Méthode [Discurso sobre o Método], cujo jubileu de publicação se comemorou neste ano, e o outro, na crítica da economia política. A teoria em sentido tradicional, cartesiano, como a que se encontra em vigor em todas as ciências especializadas, organiza a experiência à base da formulação de questões que surgem em conexão com a reprodução da vida dentro da sociedade atual. Os sistemas das disciplinas contém os conhecimentos de tal forma que, sob circunstâncias dadas, são aplicáveis ao maior número possível de ocasiões. A gênese social dos problemas, as situações reais nas quais a ciência é empregada e os fins perseguidos em sua aplicação, são por ela mesma consideradas exteriores.


– A teoria crítica da sociedade, ao contrário, tem como objeto os homens como produtores de todas as suas formas históricas de vida. As situações efetivas, nas quais a ciência se baseia, não são para ela uma coisa dada, cujo único problema estaria na mera constatação e previsão segundo as leis da probabilidade. O que é dado não depende apenas da natureza, mas também do poder do homem sobre ele. Os objetos e a espécie de percepção, a formulação de questões e o sentido da resposta dão provas da atividade humana e do grau de seu poder." (Max Horkheimer, Filosofia e Teoria Crítica, 1968).


Discursos Interrumpidos I – Walter Benjamin.


Discursos Interrumpidos I – Walter Benjamin.
Walter Benedix Schönflies Benjamin (Berlim, 15 de julho de 1892 — Portbou, 27 de setembro de 1940) foi um ensaísta, crítico literário, tradutor, filósofo e sociólogo judeu alemão.
Associado à Escola de Frankfurt e à Teoria Crítica, foi fortemente inspirado tanto por autores marxistas, como Georg Lukács e Bertolt Brecht, como pelo místico judaico Gerschom Scholem.
Neste livro, são expostos ensaios voltados tanto para a filosofia como para a estética e a crítica da arte.

Introdução à Sociologia - Theodor Ludwig Wiesengrund-Adorno.


Introdução à Sociologia - Theodor Ludwig Wiesengrund-Adorno.
As lições de ‘Introdução à sociologia‘ são o registro da capacidade do filósofo alemão em expor, para um público amplo de iniciantes, os meandros de sua teoria crítica da sociedade. Nelas, Adorno confronta-se à tarefa da formação ao mesmo tempo que fornece as principais balizas que nortearam sua prática de sociólogo. O resultado é um documento maior da experiência intelectual adorniana em seu momento de maturidade.

Estado, Governo e Sociedade - Norberto Bobbio.



Estado, Governo e Sociedade - Norberto Bobbio.


O texto alimenta-se da busca permanente de base histórica para o estudo das formas presentes na política, vendo-a em seu ritmo próprio, em sua "crise", em suas transformações.
O autor quer ser fiel à lição dos clássicos: tratar a política e o social em sua totalidade. Primor de síntese e concisão, generoso em digressões e sofisticação.


A Noção de Cultura nas Ciências Sociais - Denys Cuche.



A Noção de Cultura nas Ciências Sociais - Denys Cuche.


O livro traz respostas rigorosas a questões cuja acuidade é sublinhada tanto pela atualidade nacional como internacional. Por exemplo: se todo o ser humano é um ser de cultura, como adquire ele a cultura do seu grupo e em que medida o seu comportamento é determinado pela mesma? Poderá o mesmo indivíduo mudar de cultura ou participar simultaneamente em várias culturas? Estarão as culturas dos grupos socialmente dominados condenadas a desaparecer ou a imitar as culturas dos grupos dominantes?


Considerações Sobre o Marxismo Ocidental - Perry Anderson.



Considerações Sobre o Marxismo Ocidental - Perry Anderson.


Reunidos em um único livro, dois célebres ensaios do historiador britânico Perry Anderson sobre o "marxismo ocidental", uma das mais fecundas vertentes do marxismo no século XX.


O qualificativo de 'ocidental', vem de um célebre ensaio de Maurice Merleau-Ponty, em 1995, em contraposição a um 'marxismo soviético', desenvolvido dentro dos países do antigo bloco comunista A trajetória de autores como Antonio Gramsci, Georg Lukács, Jean-Paul Sartre, Herbert Marcuse, Lucio Colleti, Walter Benjamin e Jünger Habermas, entre outros, as bases da suas formações teóricas, suas relações e conflitos com o stalinismo e o impacto das duas grandes guerras mundiais no pensamento marxista na Europa Ocidental são analisados com o texto claro e rigor de Anderson.


O que é Pós-Moderno - Jair Ferreira dos Santos.



O que é Pós-Moderno - Jair Ferreira dos Santos. Que ligação existe entre o micro-computador e a sex-shop? Por que a massa consumista tem no rosto um misto de fascinação e melancolia? O que ocorreu nas artes com o fim das vanguardas? Por que o niilismo voltou à boca dos filósofos? Há qualquer coisa nova, mas indefinível, no ar. Cabeças mais sensitivas a chamam de pós-modernismo, mescla de purpurina com circuito integrado, liberação dos costumes com pós-industrialismo. Um bem? Um mal? Quem viver verá...


Em 7 mini-capítulos, o autor Jair Ferreira dos Santos esboça uma idéia sobre o que é o “fantasma” pós-moderno e sobre a paisagem que ele assombra.


Crítica a "O Capital" de Karl Marx - Vilfredo Pareto.



Crítica a O Capital de Karl Marx - Vilfredo Pareto.

Economista e sociólogo italiano de origem francesa nascido em Paris, considerado um dos ideólogos do movimento fascista, elaborou a teoria de interação entre massa e elite e aplicou a matemática à análise econômica, mais conhecido por sua dedicação à matemática voltada para a economia e a sociologia. Educado na Itália, estudou matemática e literatura e graduou-se em física e matemática (1867) e em engenharia (1870) no Instituto Politécnico de Turim e, como engenheiro, trabalhou para empresas particulares (1870-1892), chegando a tornar-se diretor de uma companhia de estrada de ferro. Em Florença, onde passou a morar, voltou-se para o estudo de política, sociologia, e economia. Estudou filosofia, política e escreveu artigos nos quais usou a matemática para análise de problemas econômicos. Começou a lecionar economia política na Universidade de Lausanne, Suíça (1893), substituindo o mestre Léon Walras na cadeira de economia política, mas só iniciou suas pesquisas em economia com 42 anos. Em sua primeira obra, Cours d'économie politique (1896-1897), formulou sua polêmica lei da distribuição de renda e, por meio de complicada fórmula matemática, demonstrou que a distribuição de renda e riqueza na sociedade não é aleatória e segue padrão invariável no curso da evolução histórica em todas as sociedades, a Lei de Pareto.


Na obra Manuale d'economia politica (1906), sua obra mais importante, analisou a natureza e os objetos da teoria nas ciências sociais, desenvolveu a teoria geral do equilíbrio econômico e discutiu os três fatores de produção: capital, trabalho e recursos naturais.

Abandonou a universidade (1906) e dedicou-se à sociologia, assunto em que publicou Trattato di sociologia generale (1916), obra de sua predileção, na qual investigou a natureza e as bases da ação social e individual, explorando a relação entre o indivíduo e a ação social. Inimigo de todo e qualquer socialismo e defensor da dominação das elites, foi um dos teóricos que produziram a ideologia precursora do fascismo. É possível que sua convicção na superioridade de uma classe de elite tenha contribuído para a elevação do Fascismo na Itália, mas jamais aderiu ao regime. Morreu em Genebra, Suíça, e para os estudantes de probabilidade, ficou conhecido pela distribuição de probabilidade que leva o seu nome, conceito de Ótimo de Pareto, que modela a repartição do rendimento. Neste livro, Vilfredo Pareto confirma que Marx inovou a antiga economia política bem mais quanto à forma, do que em relação ao conteúdo: “É claro que não pretendemos acusar Marx de ter voluntariamente alterado a realidade; mas, como outros autores que defendem passionalmente uma tese, ele foi levado, provavelmente sem ter consciência disso, a escolher seus argumentos não em virtude, exclusivamente, da dose de verdade intrínseca que eles poderiam conter, mas em virtude das vantagens que deles poderia extrair para a sua tese”.

Trata-se de um confronto de titãs em termos de definições e percepções acerca de temas atuais e decisivos para o cotidiano de uma população.

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